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Sem diálogo com EUA, governo espera que inflação do café e da laranja leve Trump a adiar tarifaço

Governo brasileiro enfrenta desafio na negociação com a administração Trump, após interrupção dos canais de diálogo. Técnicos apostam que os impactos inflacionários nos EUA podem levar à reconsideração das tarifas propostas.

Sem diálogo com os EUA a 15 dias do início da sobretaxação de produtos brasileiros, o governo Lula avalia possíveis efeitos inflacionários nos EUA. Preços do café, suco de laranja e hambúrguer podem levar Trump a adiar o tarifaço.

Cerca de 70% do suco de laranja e 25% do café consumidos nos EUA são importados do Brasil. Essa dependência, conforme a Moody's, torna difícil substituir as importações brasileiras.

A falta de interlocução com Trump é um problema. "Trump chamou para si todo o diálogo", disse um auxiliar de Lula. O vice-presidente Geraldo Alckmin pediu aos empresários que contatassem os EUA para pressionar por uma reversão da medida.

Executivos informaram que a gestão atual não tem canais de negociação e um pedido feito em maio ao governo americano não foi respondido. Alckmin e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, enviaram nova carta reiterando o interesse em diálogo.

Além disso, um lobby das empresas norte-americanas com negócios no Brasil pode ser a chave para a reversão do tarifaço, já que as vias diplomáticas estão obstruídas.

Uma missão de oito senadores viajará aos EUA no final de julho para buscar apoio do Legislativo norte-americano.

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