Sem amparo legal, 'ataque preventivo' de Israel contra Irã configura agressão
Israel realiza ataque preventivo contra o Irã, desafiando diretrizes da ONU. Especialistas alertam que o ato pode ser considerado um crime de agressão sob a Carta da ONU.
Israel realizou um "ataque preventivo" contra o Irã na madrugada de sexta-feira (13), considerado um crime de agressão.
Esse ato não é amparado pela Carta da ONU, que proíbe a guerra, exceto em duas situações estritas:
- Aprovação do Conselho de Segurança, que não foi dada neste caso.
- Resposta imediata a uma agressão, o que não se aplica aqui, pois Israel não sofreu ataque recente do Irã.
A última agressão do Irã a Israel ocorreu em outubro de 2024. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, usou a justificativa do "ataque preventivo", um conceito estabelecido após os atentados de 11 de setembro, que legitimou intervenções unilaterais.
Esse princípio é questionável, pois envolve ações contra intenções presumidas e não agressões reais. Respostas israelenses a futuras ameaças devem ser imediatas; caso contrário, tornam-se retaliações ou vinganças, o que é contrário aos objetivos da Carta da ONU de evitar guerras mundiais.