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Sem ação conjunta, EUA serão o grandão da turma fazendo bullying com o menor, diz professor da FGV

Emanuel Ornelas alerta que a retaliação unificada entre os países prejudicaria significativamente a economia americana. Ele argumenta que seguir as regras da OMC é essencial para manter a estabilidade do sistema comercial global.

Emanuel Ornelas, professor da Escola de Economia de São Paulo e pesquisadores do Kiel Institute for the World Economy, defendem uma retaliação unificada contra os EUA, ao invés de negociações isoladas. Eles argumentam que as tarifas do presidente Donald Trump já impactam o PIB americano negativamente em 1,2 ponto porcentual.

Se Brasil, União Europeia, Canadá, México e Coreia do Sul unirem forças, a perda pode aumentar para 1,7 ponto porcentual. Ornelas afirma: “Com todos fazendo retaliação ao mesmo tempo, o impacto na economia americana é muito forte”.

Ele critica os acordos bilaterais que ignoram as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), alertando que isso pode levar ao colapso do sistema comercial global.

Para Ornelas, a proposta é: 1. Retaliação conjunta e 2. Respeito às regras da OMC. Ele ressalta a importância desses princípios na manutenção da globalização.

Ele expressa preocupação com um retorno ao comércio desglobalizado dos anos 30. O professor afirma que pressões internas nos EUA podem levar o governo a recuar nas tarifas.

Ornelas conclui que, embora o Brasil e outros países possam sofrer com tarifas, o impacto será menor e, em última análise, mais prejudicial para os EUA. O foco deve ser em ações coordenadas para enfrentar as ameaças tarifárias.

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