‘Sem a Margem Equatorial, o Brasil deve perder investimentos estrangeiros’, diz especialista
Economista destaca o dilema entre a exploração de recursos na Margem Equatorial e a preservação ambiental. Redução na atratividade para investidores estrangeiros pode comprometer o desenvolvimento econômico do Brasil.
HOUSTON - O impasse entre a Petrobras e o Ibama sobre a Margem Equatorial exemplifica a luta por equilíbrio entre energia e meio ambiente, afirma o economista Kenneth Medlock III. Ele alerta que a não concessão da licença para testes exploratórios pode fazer o Brasil perder riqueza e atratividade para investidores.
A ANP realizará um leilão em breve, que incluirá 47 blocos na Bacia da Foz do Amazonas, onde a Petrobras busca perfurar seu primeiro poço após ter seu pedido negado em 2023.
Principais pontos da entrevista:
- Incertezas e tarifas crescentes impactam negativamente a economia global.
- Demandas pela produção devem ser mantidas, priorizando disciplina de capital e eficiência operacional.
- Inovações para redução de custos são essenciais.
- Explorações inovadoras são necessárias apesar da demanda estagnada.
A Petrobras precisa equilibrar sua expansão produtiva com um compromisso ambiental forte. A exploração na Margem Equatorial poderia financiar ações contra remoção ilegal de madeira, beneficiando o meio ambiente.
Se liberada para exploração, a Margem Equatorial atrairia mais capital estrangeiro, mas a falta de autorização pode reduzir o interesse. Avaliações na região são positivas, mas a viabilidade comercial ainda precisa ser comprovada. Um potencial positivo poderia trazer grandes benefícios ao Brasil.
A indústria não irá seguir a vontade de um presidente se a exploração não for lucrativa. Demandas ambientais dos investidores moldarão futuras atividades de produção.