Selic acima de 15%
Governo aumenta IOF sem diálogo com o Banco Central, elevando custos de crédito e suscitando preocupações na economia. Especialistas alertam para possíveis riscos de controle cambial e impacto negativo nas pequenas empresas.
Coluna sobre a alteração no IOF antecipa respostas às dúvidas sobre o recente aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), decidido pelo governo.
O IOF é um tributo criado na década de 1960, regulatório e não necessita de aprovação do Congresso. O aumento visa a arrecadação e metas fiscais prometidas pelo ministro Haddad.
O uso do IOF sem discussão com o Banco Central é alarmante. A alíquota subiu de 1,88% para 3,95% ao ano, elevando indiretamente a Selic em 0,5 ponto percentual, afetando o custo do crédito.
As medidas causaram muitos memes e reações pela recente declaração do ministro sobre estudar apenas dois meses de Economia. Essa controvérsia levanta questões sobre a capacitação dos responsáveis pela economia nacional.
Educar jovens é um desafio, especialmente com a crescente influência de subcelebridades e influencers nas redes sociais, que muitas vezes eclipsam a importância do mérito e da ética.
O aumento do IOF é criticado por ser um imposto recessivo e não recomendado pela OCDE, afetando também o crédito e a poupança. O receio é que isso indique um movimento em direção ao controle cambial.
Alexandre Espirito Santo é sócio e economista-chefe da Way Investimentos e professor de Economia e Finanças da ESPM.