Seis meses do abalo da DeepSeek: como as ‘Sete Magníficas’ se reacomodaram
As ações das "Sete Magníficas" de tecnologia começam a se recuperar após o impacto inicial da IA da DeepSeek, com a Microsoft, Meta e Nvidia superando o desempenho do S&P 500. No entanto, a concentração no mercado americano destaca uma vulnerabilidade que pode abalar todo o setor.
Seis meses após o impacto da DeepSeek: O modelo de IA chinês causou grande turbulência nos mercados, principalmente nos EUA.
Em 27 de janeiro, o anúncio da DeepSeek levou a ação da Nvidia (NVDA) a despencar 17%, resultando em uma perda de US$ 593 bilhões em valor de mercado em um dia. Essa foi a maior redução diária da história.
Após uma breve estabilização, os índices de Nova York, como o S&P 500, enfrentaram novas quedas, levando alguns analistas a chamarem esse evento de "Liberation Day".
Logo, a Nvidia acumulara quase 34% de perda desde o anúncio. Um relatório do Deutsche Bank analisou a recuperação do mercado, destacando que o índice Mag 7 (Meta, Apple, Amazon, Alphabet, Microsoft, Nvidia e Tesla) começou a superar algumas de suas perdas iniciais.
- Tesla: mais prejudicada pelo contexto geopolítico e dúvidas sobre margens.
- Microsoft, Meta e Nvidia: superaram o desempenho do S&P 500 desde janeiro.
O Deutsche Bank destacou que as Mag 7 agora representam 31,1%% do S&P 500, aumentando o risco de quedas individuais afetarem todo o mercado.
Na Europa, a Novo Nordisk enfrentou uma queda de 23,1% em uma única sessão, o que ilustra uma diferença estrutural: a concentração nos EUA gera aumento de riscos, enquanto na Europa a menor dependência reduz o contágio.
No segundo trimestre, as Magnificent 7 contribuíram com 50%% dos ganhos do S&P 500. A corretora Allaria apontou um crescimento de lucros de 14,6%% para essas empresas, em contraste com 0,6%% para o restante do índice.
Analistas têm alertado que a capacidade das demais empresas de igualar os gigantes da tecnologia pode estar superestimada.