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Seis décadas depois, Stálin está de volta ao Metrô de Moscou

Estátua de Stálin renasce em Moscou e provoca divisões na sociedade russa. Enquanto admiradores celebram sua figura, opositores denunciam a glorificação de um legado de repressão e violência.

Stálin retorna à estação Taganskaia do Metrô de Moscou, 59 anos após ser banido. A instalação é uma réplica do monumento "Gratidão do Povo ao Líder e Comandante".

A obra foi inaugurada em 15 de outubro e gerou debates na Rússia de Vladimir Putin, que se tornará em 2029 o líder mais longevo do país.

A estátua original, inaugurada em 1950, foi removida em 1956 durante a desestalinização. A nova réplica tem atraído a atenção de passageiros, incluindo pessoas que depositam cravos vermelhos aos pés de Stálin.

Protestos ocorreram no Parlamento contra a instalação, com críticas ao partido Iabloko sobre a ofensa aos mortos da repressão soviética. Pesquisas recentes do Centro Levada mostram que 63% dos russos têm uma visão favorável de Stálin.

O apoio a Stálin cresceu consideravelmente desde 2016, refletindo uma mudança na política nacionalista de Putin após a anexação da Crimeia em 2014.

Embora o presidente critique a repressão de Stálin, ele busca resgatar o espírito da vitória sobre os nazistas, o que gerou contradições. Ativistas moscovitas deixaram cartazes protestando contra o novo monumento, que foram rapidamente retirados pela polícia.

Cerca de 120 estátuas de Stálin ainda existem na Rússia, 90% delas surgiram após a ascensão de Putin. Uma delas gerou polêmica na Ucrânia, enquanto em Moscou, homenagens a figuras comunistas permanecem, como a de Félix Dzerjinski.

Stálin ainda está presente na cidade, do seu busto no Kremlin à escultura caída no Parque das Esculturas.

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