Seis ativistas do barco Madleen são deportados de Israel, incluindo brasileiro Thiago Ávila
Após a detenção de ativistas a bordo do barco Madleen, o governo brasileiro celebrou a deportação de Thiago Ávila, enquanto outros permaneçam sob custódia. As autoridades israelenses alegam que a tentativa de violação do bloqueio a Gaza é ilegal e perigosa.
Seis ativistas detidos por Israel foram deportados nesta quinta-feira (12/06), após o barco Madleen ser interceptado a caminho de Gaza. O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou a deportação.
Entre os deportados estão o brasileiro Thiago Ávila e a deputada franco-palestina Rima Hassan. A ativista sueca Greta Thunberg já havia sido deportada anteriormente.
Ávila embarcou em um voo comercial com destino a Madri, conforme comunicado do Itamaraty. O ministério destacou que trabalhou para garantir sua segurança e integridade física.
O grupo Adalah, de direitos humanos, informou que os ativistas sofreram maus-tratos durante a custódia. Thiago Ávila foi colocado em confinamento solitário e fez uma greve de fome.
Israel classificou a expedição como um "iate para selfies", afirmando que apenas uma quantia simbólica de ajuda humanitária seria transportada. A ação era uma tentativa de desafiar o bloqueio israelense.
Outros dois ativistas, Pascal Maurieras e Yanis Mhamdi, permaneciam sob custódia no momento, com deportação prevista para a sexta-feira (13).
Em outra ação, cerca de 170 ativistas foram detidos no aeroporto do Cairo ao tentarem se reunir para uma marcha pró-palestina. O Ministério do Interior do Egito não comentou as detenções, mas afirmaram que aprovação prévia era necessária para viajar à fronteira.
A situação em Gaza é crítica, com a população enfrentando níveis catastróficos de fome e contínuas ofensivas militares israelenses desde 2007.