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Segundo turno presidencial na Polônia reflete dilemas e extremismo europeus

Disputa polarizada marca segundo turno da eleição presidencial polonesa, com candidatos representando visões opostas para o futuro do país. A definição da presidência será crucial para a agenda interna e o papel estratégico da Polônia na Europa e na OTAN.

Empate técnico antes do segundo turno presidencial na Polônia, marcado para 1º de outubro.

A disputa envolve o liberal Rafal Trzaskowski (53) e o nacionalista Karol Nawrocki (42). Ambos representam um embate entre políticos tradicionais e antissistema, similar a outras escolhas na Europa.

O atual primeiro-ministro Donald Tusk (centrista) e o presidente eurocético Andrzej Duda têm protagonizado uma batalha política de mais de uma década. A eleição atual é crucial devido ao poder de veto do presidente, impactando a agenda interna.

A principal questão em debate é a reforma do Judiciário, que levou a UE a acionar o artigo 7º devido a violações do Estado de direito. A Polônia e a Hungria foram os únicos alvos desse dispositivo.

A Polônia é descrita como "a potência militar e econômica mais subestimada da Europa", com um Exército maior que o de Alemanha e França e um padrão de vida em crescimento.

A Ucrânia e o apoio da UE desempenham papel importante na votação, especialmente entre os jovens. No primeiro turno, Trzaskowski teve 31,3% dos votos, frente a Nawrocki com 29,5%.

  • O candidato libertário Slawomir Mentzen obteve 14,8% dos votos. Prometeu eliminar impostos e limitar a entrada da Ucrânia na Otan.
  • Grzegorz Braun, declarável antissemita, recebeu 6,3% e sua transferência de votos para Nawrocki não é garantida.

Campanha agressiva: Nawrocki fez uso de estratégias controversas e críticas pessoais, enquanto Trzaskowski enfrentou questionamentos sobre sua gestão em Varsóvia.

Uma vitória de Trzaskowski poderia desbloquear a agenda de Tusk, elevando a Polônia como protagonista europeu, enquanto uma vitória de Nawrocki poderia antecipar novas eleições parlamentares e beneficiar Donald Trump, seu apoiador.

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