Secretário rebate propostas de ajuste fiscal em reforma administrativa: 'Precisa melhorar o desempenho'
Secretário do MGI defende reforma administrativa focada em eficiência e não em cortes de gastos. Propostas de ajuste fiscal geram divisão entre autoridades e lideranças sindicais.
Reforma Administrativa e Austeridade
O secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), José Celso Cardoso, afirmou que a reforma administrativa não deve focar em cortes de gastos.
Ele reagiu à proposta do deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), relator do grupo de trabalho, que sugere incluir medidas de ajuste fiscal na reforma.
Cardoso se reuniu com sindicatos e mencionou a necessidade de aprimoramento do desempenho do setor público em vez de redução de direitos.
— Os servidores vão agir para evitar retrocessos — disse.
Pedro Paulo indicou que a reforma pode incluir desvinculações de benefícios previdenciários ao salário mínimo e das despesas em saúde e educação às receitas.
Ele afirmou que essas medidas estão preparadas e podem ser incluídas a qualquer momento, dependendo da decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.
No encontro, o MGI reiterou sua oposição a mudanças que afetem investimentos em saúde e educação.
Uma reunião do grupo de trabalho está agendada com a ministra Esther Dweck no dia 28 de junho, seguida por audiência final em 1º de julho.
Dweck rejeitou a inclusão de medidas de ajuste fiscal, afirmando que essas discussões precisam ocorrer em outro ambiente para não dificultar um consenso.