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Secretário dos EUA diz que há ‘grande possibilidade’ de governo Trump aplicar sanção a Moraes

Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, destaca a possibilidade de sanções a Alexandre de Moraes em resposta a ações do STF. Acusações de repressão política no Brasil e suas implicações internacionais são debatidas na audiência.

Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, afirmou que “há uma grande possibilidade” de sanções ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, por parte do governo de Donald Trump.

A declaração foi feita durante um depoimento à Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes americanas, onde Cory Lee Mills acusou o STF de “perseguir a oposição”, incluindo jornalistas e cidadãos.

Mills alertou sobre a “prisão politicamente motivada” do ex-presidente Jair Bolsonaro e questionou se haveria sanções ao ministro sob a Lei Global Magnitsky, que permite sanções a indivíduos acusados de corrupção ou violação de direitos humanos.

Rubio confirmou que “isso está sob análise” e que há possibilidade de sanções. O vídeo da sessão foi compartilhado por Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado nos EUA.

A Lei Magnitsky, aprovada em 2012, permite o bloqueio de bens e a proibição de entrada nos EUA. Em fevereiro, o Departamento de Estado criticou o bloqueio de redes sociais no Brasil, chamando de “censura” e incompatível com valores democráticos.

Apesar de não citar Moraes diretamente, a crítica referia-se à decisão sobre a plataforma Rumble. Moraes também solicitou a suspensão da conta do blogueiro Allan dos Santos.

Bolsonaro é réu no STF por cinco crimes, com penas que podem chegar a 43 anos de prisão, por supostamente liderar um plano golpista após as eleições de 2022. A PGR o acusa de liderar uma organização criminosa com forte influência militar.

Durante o julgamento, Moraes destacou a minuta do golpe e o rascunho de discurso que Bolsonaro leria. Ele afirmou que não há dúvida de que Bolsonaro estava ciente e discutiu o plano.

A defesa de Bolsonaro alegou que as acusações são infundadas e carecem de provas.

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