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Secretário do Tesouro dos EUA desafia tarifas ao rejeitar recessão no país

Secretário do Tesouro defende tarifas como necessário ajuste econômico, desconsiderando riscos de recessão. Ele afirma que reações negativas do mercado são pontuais e que o foco deve ser na longa prazo.

Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, adotou um tom desafiador neste domingo (06) após a forte liquidação dos mercados financeiros devido às novas tarifas dos EUA.

Ele argumentou que as tarifas eram necessárias e rejeitou a ideia de que elas causariam uma recessão. “Não vejo razão para termos que precificar uma recessão”, afirmou à NBC.

Bessent não indicou que Donald Trump pretende recuar nas tarifas e informou que mais de 50 países contataram os EUA buscando negociações, que levarão tempo para acontecer. “Teremos que ver o que os países oferecem e se é crível”, destacou.

Após o anúncio das tarifas, os mercados perderam US$ 5,4 trilhões em valor e o S&P 500 atingiu seu nível mais baixo em 11 meses. Bessent descreveu essas reações como de “animais orgânicos” de curto prazo, subestimando a influência de Trump.

Ele também minimizou as preocupações sobre a inflação devido às tarifas. Trump, que passou o fim de semana em um campeonato de golfe, acredita que as tarifas transformarão a economia global em favor dos EUA, gerando empregos e riqueza.

O presidente foca no déficit comercial em bens que superou US$ 1 trilhão no ano passado, argumentando que a redução do déficit “tornará a América rica novamente” a longo prazo, apesar da perda de valor no mercado ser cinco vezes maior que o déficit comercial.

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