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Se plano tivesse sido cumprido, não teria 8 de Janeiro, diz coronel

Cíntia Queiroz de Castro, responsável pelo Protocolo de Ações Integradas, afirmou que a não aplicação do planejamento teria evitado os eventos de 8 de Janeiro. Ela depôs no STF como testemunha de Anderson Torres, que enfrenta acusações de omissão durante os atos extremistas.

Cíntia Queiroz de Castro, ex-subsecretária de Ações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do DF, afirmou nesta terça-feira (27.mai.2025) que o 8 de Janeiro não teria ocorrido se o Protocolo de Ações Integradas tivesse sido seguido.

A coronel da PM-DF elaborou o protocolo que orientava as forças de segurança durante os atos extremistas em Brasília, em 2023. Em depoimento ao STF, Castro declarou: “Se o protocolo tivesse sido cumprido à risca, o 8 de Janeiro com certeza não teria acontecido”.

Ela foi chamada como testemunha do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, réu no processo por tentativa de golpe. Apesar de sua posição, Castro não tinha informações claras sobre a data ou a natureza das manifestações.

A informação foi repassada ao seu superior, Fernando de Sousa Oliveira, que foi denunciado pela PGR por omissão durante os atos. Sousa Oliveira chefiava interinamente o órgão enquanto Torres estava fora, em Orlando (EUA).

Castro também depôs na CPI do 8 de Janeiro e na PF, mantendo a mesma versão. No depoimento, testemunhas indicadas por Torres negaram que ele tenha dado ordens à PRF para monitorar veículos no 2º turno das eleições de 2022.

A 1ª Turma do STF começou a ouvir testemunhas em 19 de maio, com o processo buscando desvendar a organização criminosa por trás da tentativa de golpe. Os depoimentos devem ser concluídos até 2 de junho, incluindo testemunhas indicadas por Bolsonaro e outros ex-ministros.

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