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'Se os franceses cumprissem a cota de carne importada do Brasil, iriam comer dois hambúrgueres por ano', diz Lula

Lula defende o agronegócio brasileiro e desafiou a visão de que ele afeta a agricultura francesa. Durante a visita à França, ele ressaltou a importância de um diálogo entre agricultores e ressaltou compromissos de investimento de empresários franceses no Brasil.

Presidente Lula questiona tese sobre agronegócio brasileiro e agricultura francesa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou sobre o acordo do Mercosul com a União Europeia durante uma coletiva em Paris, afirmando que a ideia de que a agricultura francesa seria prejudicada pelo agronegócio brasileiro é incorreta.

Cotas de exportação para produtos brasileiros, segundo Lula, minimizam o impacto: "Se eles cumprissem a cota, os franceses iriam comer dois hambúrgueres de carne importada do Brasil, em média, por ano. É nada."

O presidente sugeriu uma reunião entre agricultores brasileiros e franceses para debater o tema. "Não quero prejudicar o pequeno agricultor francês," disse ele, ressaltando que a política comercial é uma via mão dupla.

Na sexta-feira, em encontro com Lula, Emmanuel Macron expressou disposição para assinar o acordo entre UE e Mercosul, condicionando-o a medidas de proteção para o setor agropecuário europeu.

Lula destacou a necessidade de um acordo coletivo entre os 27 países da UE, afirmando que acredita na aprovação do Parlamento Europeu, apesar da resistência francesa.

Durante a entrevista, Lula anunciou que 15 grandes empresários franceses planejam investir R$ 100 bilhões no Brasil nos próximos cinco anos e que há possibilidade de um acordo para a produção de helicópteros no Brasil.

Lula está na França desde 5 de junho, marcando uma visita histórica após 13 anos sem um chefe de Estado brasileiro no país. Ele prosseguiu para Nice para cumprir outros compromissos da visita.

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