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“Se não mudarmos, estaremos mortos”, diz ex-chefe da OMC

Roberto Azevêdo alerta para a necessidade urgente de reformas na OMC para evitar a fragmentação do comércio global. A atual diretora-geral ressalta a importância de iniciar um processo de reformulação antes da próxima reunião ministerial.

Roberto Azevêdo, ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), alertou que os termos futuros do comércio global podem ser definidos fora da OMC, devido às tarifas protecionistas de Donald Trump. Azevêdo, que deixou o cargo em 2020, afirmou que a falta de apetite por regras comerciais pode levar à criação de um novo órgão excluindo alguns membros atuais. Ele enfatizou: "Se não mudarmos, estaremos mortos."

A atual diretora-geral, Ngozi Okonjo-Iweala, pediu uma reforma imediata, destacando a necessidade de iniciar discussões em Genebra antes da reunião ministerial em Camarões no próximo ano. Ela mencionou que é vital formular as perguntas certas e envolver os membros no processo.

Os mercados globais permanecem em turbulência, mesmo após a suspensão temporária das tarifas superiores a 10% para a maioria dos países, exceto a China. As negociações para atualizar as regras da OMC enfrentam barreiras, pois todos os 166 membros precisam concordar por consenso.

Supachai Panitchpakdi, ex-diretor-geral, alertou que a reforma da OMC é urgente para evitar uma grande recessão, potencialmente pior que a crise financeira de 2008. Ele propôs um mês de negociações tarifárias seguidas de discussões para reduzir barreiras comerciais.

Durante o evento, um grupo de 39 países, incluindo China, Canadá e Reino Unido, expressou apoio à OMC e pediu "ação ousada e coletiva" para preservar um sistema comercial livre e baseado em regras.

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