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Se mentiu na polícia, tem que dizer que mentiu, diz Alexandre de Moraes a ex-comandante do Exército

Moraes questiona credibilidade do depoimento do ex-comandante do Exército em ação sobre tentativa de golpe. Freire Gomes, após advertência, admite que não apoiou medidas golpistas e ressalta a necessidade de respaldo jurídico.

Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), advertiu o ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, sobre mentiras e contradições em seu depoimento nesta segunda-feira (12).

A Corte está ouvindo testemunhas na ação da trama golpista, que envolve o “núcleo crucial” de acusados liderados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em depoimento à Polícia Federal (PF), Freire Gomes afirmou que Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, estava “à disposição” de Bolsonaro para discutir uma minuta golpista. No entanto, no STF, disse que Garnier não aderiu a pretensões golpistas e não se lembrava do que foi dito.

Moraes questionou: “Se mentiu na polícia, tem que dizer que mentiu na polícia.” Ele reforçou que a testemunha deve ter clareza e não omitir informações.

Após a reprimenda, Freire Gomes afirmou que ele e Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica, se opuseram a iniciativas golpistas, enquanto Garnier “ficou com o presidente”.

Freire Gomes também negou ter dado voz de prisão a Bolsonaro, que mencionou a possibilidade de usar medidas como estado de defesa ou estado de sítio para se manter no poder.

“Alertei o senhor presidente que as medidas deveriam ter apoio jurídico. O Exército não participaria de algo que não fosse dentro de sua competência institucional”, afirmou.

O depoimento de Freire Gomes, acompanhado por Bolsonaro e ministros, é considerado um dos mais esperados da audiência. Segundo investigações, sua adesão ao golpe era vista como essencial.

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