'Se for pragmático, Brasil pode ficar fora do radar de Trump', diz brasilianista Anthony Pereira

Relação EUA-Brasil sob Trump: No governo Trump, o Brasil não é prioridade, semelhante ao primeiro mandato. Apesar das tarifas de 10% no “Liberation Day”, as oportunidades estão no setor privado e na sociedade civil.

Opinião do especialista: Anthony Pereira, do Kimberly Green Latin American and Caribbean Center, enfatiza que a sociedade civil é crucial na relação Brasil-EUA, frequentemente ignorada nas análises.

Agenda negativa: A visão geopolítica dos EUA prioriza questões como drogas, migração e tarifas. A América do Sul, por sua vez, é vista de forma ambivalente.

Diplomacia e negociação: Lula aposta na reciprocidade e diálogo, mostrando que as relações podem ser produtivas sem retaliações imediatas.

Relação com a China: O Brasil pode manter relações com a China, apesar das tensões. O país tem margem para negociar com ambas as potências, já que os EUA não oferecem alternativas econômicas viáveis.

Setor privado: Mesmo com a desconexão entre os governos, o setor privado americano vê oportunidades no Brasil, o tornando um mercado atraente.

Lobby em Washington: O fechamento do escritório de lobby do Brasil em 2018 é visto como um erro. Reativá-lo poderia ajudar a contrabalançar a narrativa negativa diante da oposição.

Expectativas e COP 30: A relação tensa com os EUA não impede o Brasil de contar com aliados na Europa e em outras regiões para a transição energética.

Fuga de cérebros: O clima acadêmico nos EUA pode levar a uma fuga de intelectuais, e o Brasil busca atrair talentos com oportunidades de pesquisa e trabalho.

Conclusão: Apesar das dificuldades nas relações governamentais, a sociedade civil brasileira e americana se mantém interconectada, promovendo colaboração e defesa da democracia.