São Paulo ganha 7 mil novos condomínios em 10 anos com boom do setor imobiliário
Verticalização em São Paulo impulsiona número de apartamentos e movimento do setor imobiliário. Nova realidade habitacional transformou a distribuição de moradias, especialmente nas zonas Sul e Leste da cidade.
São Pauloverticalização, com crescimento na população de apartamentos.
Segundo o levantamento Mapa dos Condomínios 2025 da Lello, a cidade ganhou 7 mil prédios nos últimos dez anos, totalizando 31.747.
O crescimento de 35% desde 2014 é puxado por edifícios residenciais, que representam 92% dos novos empreendimentos. O setor movimenta R$ 25 bilhões ao ano.
No ano de 2024, houve um recorde de 818 novos condomínios lançados. Para 2025, a previsão é de 550 entregas, com variação de 10% a 15%.
A Zona Sul concentra 39% dos novos projetos, seguida pela Zona Leste (23%). A média de condomínios é de 1,69 blocos e 75 apartamentos.
O preço médio da taxa de condomínio é de R$ 983 mensais, com variações regionais. A Zona Sul é a mais cara, com média de R$ 1.198, enquanto a Zona Leste é a mais barata, R$ 701.
A diretora da Lello, Angélica Arbex, destaca que a variação de preço depende do número de unidades, com condomínios maiores tendo taxas menores.
O crescimento na verticalização trouxe oportunidades também para corretores de imóveis. O presidente do Crecisp, José Augusto Viana Neto, afirma que o mercado está aquecido, especialmente para imóveis novos, mas alerta sobre dificuldades para as propriedades usadas.
O foco do desenvolvimento tem sido a baixa renda, incentivando moradia próxima a transporte público, conforme o Plano Diretor de 2014.
O arquiteto João Fernando Pires Meyer defende a verticalização como positiva, mas alerta para desvirtuações que beneficiam a classe alta, comprometendo o objetivo inicial de habitação para a baixa renda.