São Bernardo do Campo, berço político de Lula, volta a ter festa do 1º de Maio após nove anos
Retomada das festividades marca um momento de resistência pelos direitos dos trabalhadores no Dia do Trabalho. Sindicatos locais pressionam por melhorias nas condições laborais, com foco na redução da jornada e igualdade salarial.
São Bernardo do Campo comemora o Dia do Trabalho nesta quinta-feira (1º) após nove anos sem festas. A data, instituída há cem anos, é um momento de manifestações por melhores condições laborais, com foco no fim da escala 6x1.
A última celebração foi suspensa após a prisão do presidente Lula em 2018 e a pandemia de Covid-19. O evento é organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos e a participação inclui 23 sindicatos locais.
Moisés Selerges, presidente do sindicato, afirmou: "É um motivo de alegria, porque é dia dos trabalhadores." Ele comentou sobre a ausência de Lula, justificando que o presidente tem uma agenda cheia.
O artista plástico Denis de Oliveira Pinho destacou a importância da retomada do evento para fortalecer a identidade dos trabalhadores. Ele citou a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6x1 como questões cruciais.
A aposentada Lindalva Campos também enfatizou a importância do fim da escala 6x1, especialmente para as mulheres, afirmando a necessidade de uma jornada que permita mais descanso e presença familiar.
Outras reivindicações incluem:
- Igualdade salarial entre homens e mulheres.
- Combate à carestia e redução de juros.
- Demandas por políticas industriais mais eficazes.
Selerges reforçou que o Brasil deve buscar mais valor na indústria e não apenas depender da exportação de commodities.