Santos-Guarujá: entenda qual será a técnica utilizada para construção do 1º túnel submerso do Brasil
Governo busca investidores internacionais para o túnel imerso entre Santos e Guarujá, a primeira obra desse tipo no Brasil. Com investimento de R$ 6 bilhões, a construção deve começar em 2025 e prevê a conclusão em três anos.
Governador Tarcísio de Freitas e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, lideram uma missão internacional para atrair investidores para o primeiro túnel imerso do Brasil, ligando Santos e Guarujá.
O projeto envolve uma tecnologia inédita no Brasil, mas já utilizada em países como Holanda, Japão, China e Coreia do Sul. O edital exige que a empresa interessada tenha experiência prévia em projetos similares.
Com um investimento estimado em R$ 6 bilhões, a obra será realizada através de uma parceria público-privada (PPP), com concessão de 30 anos para construção, operação e manutenção. O leilão acontecerá em 1º de agosto de 2025.
Túnel Santos-Guarujá: A estrutura terá 1,5 km de extensão, sendo 870 metros submersos, empregando o método de túnel imerso, que utiliza módulos de concreto pré-moldados.
Esses módulos serão transportados e submersos com precisão devido às limitações do solo da região. A escolha desse método considera fatores técnicos e operacionais, como a estabilidade do solo e restrições de construção na área.
O túnel promete vantagens ambientais e urbanas, com menos desapropriações e menor impacto visual. A construção deverá levar três anos, com previsão de conclusão para o final de 2028.
O projeto incluirá três faixas de tráfego, uma exclusiva para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), além de passagens para pedestres e ciclistas. A concessão das travessias litorâneas e fluviais também será modernizada, com R$ 1 bilhão em investimentos.
A ligação esperada entre Santos e Guarujá deve melhorar o fluxo de pedestres e aumentar a segurança das embarcações no Porto de Santos. Há planos para essa ligação desde 1927, com propostas de túnel e ponte ao longo dos anos.
Atualmente, quatro consórcios mostraram interesse no projeto, segundo fontes da EXAME.