Santander Brasil tem queda na rentabilidade e cita ‘ambiente macro mais desafiador’

Resultados do Santander Brasil (SANB11) foram divulgados nesta manhã de quarta-feira (30), abrindo a temporada de balanços trimestrais entre os grandes bancos do país.

O banco registrou um lucro líquido gerencial de R$ 3,66 bilhões no segundo trimestre de 2025, abaixo da expectativa de R$ 3,73 bilhões de analistas.

Comparando com o mesmo período do ano passado, houve um crescimento de 9,8%, mas uma queda de 5,2% em relação ao trimestre anterior.

O ROAE caiu de 17,5% para 16,4%, influenciado por um “ambiente macroeconômico mais desafiador”, segundo o CEO, Mario Leão. Esta é a segunda queda consecutiva após quatro trimestres de crescimento.

A margem financeira bruta cresceu 4,4% na comparação anual, somando R$ 15,39 bilhões, embora tenha recuado 3,3% em relação ao trimestre anterior.

A margem com clientes subiu para R$ 16,1 bilhões, com aumento de 1,9% no trimestre e 11,3% no ano. Em contraste, a margem financeira com o mercado ficou negativa em R$ 730 milhões.

As despesas totais foram de R$ 6,41 bilhões, com queda de 2,5% em relação ao primeiro trimestre e alta de 1,5% em comparação anual.

O índice de eficiência caiu para 36,8%, apresentando melhorias devido à transformação digital, conforme mencionado pelo CEO.

A carteira ampliada de crédito atingiu R$ 675,5 bilhões, com crescimento de 1,5% no ano, mas retração de 0,1% no trimestre anterior.

A inadimplência acima de 90 dias ficou em 3,1%, uma queda de 0,2 ponto em relação ao primeiro trimestre. Entre 15 e 90 dias, a inadimplência foi de 4,0%, com queda trimestral de 0,1 ponto e alta anual de 0,5 ponto.

As provisões para devedores duvidosos (PDD) aumentaram para R$ 6,862 bilhões, um aumento de 7,4% na comparação trimestral.

As units do Santander Brasil valorizam 11,03% em 2025, superando a alta de 10,49% do Ibovespa no mesmo período.