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Santander Asset adota cautela por Trump e vê Selic em 14,75%

Banco Central deve interromper alta de juros devido a incertezas externas, segundo Santander. Expectativa é de Selic a 14,75% após mais um ajuste de 0,50 ponto percentual.

Banco Central deve promover apenas mais uma alta de juros, encerrando o ciclo com a Selic em 14,75% ao ano, devido ao risco de recessão nos EUA, segundo Eduardo Jarra, economista-chefe da Santander Asset Management.

A gestora alterou sua previsão anterior, que previa a Selic em até 15,25% ao ano.

Jarra aponta uma tendência de baixa para a atividade e a inflação no Brasil, influenciadas pelas tarifas impostas por Donald Trump, superando fatores domésticos, como o desempenho do agronegócio e incertezas fiscais.

O cenário da Santander prevê uma alta de 0,50 ponto percentual na próxima reunião do Copom, marcada para 7 de maio.

O mercado agora indica uma chance maior de que a Selic chegue a 15%, em linha com a pesquisa Focus do BC. A gestora adotou um posicionamento defensivo, reduzindo a exposição a riscos em ativos brasileiros e internacionais desde o anúncio de tarifas por Trump.

Jarra explica que a gestora está em fase de “digestão e avaliação” do cenário, buscando testar hipóteses no mercado para novas posições.

Ele espera retaliações significativas da União Europeia e da China, que já anunciaram medidas. O mundo deve entrar em modo de negociação com os EUA, com a expectativa de aliviar tensões.

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