Sanções a Moraes são iniciativa de radicais que buscam interditar o Judiciário, afirma Gilmar Mendes
Gilmar Mendes critica sanções ao colega Alexandre de Moraes e defende a independência do Judiciário. Ele afirma que o STF não se curvará a pressões externas e reafirma a importância das instituições democráticas.
Ministro Gilmar Mendes, do STF, afirmou que as sanções ao ministro Alexandre de Moraes visam “interditar o funcionamento do Judiciário” e que a Corte não cederá a intimidações.
A declaração ocorreu durante a abertura do semestre judicial, após o recesso de julho, onde Barroso defendeu a independência da Corte. Gilmar Mendes defendeu Moraes, que foi sancionado pelo governo dos Estados Unidos através da Lei Magnitsky.
Segundo ele, as críticas a Moraes vêm de radicais que buscam limitar as instituições de uma democracia liberal. Mendes destacou que o STF não se deixará intimidar pelas pressões de big techs e suas reações às decisões que ampliam sua responsabilização.
As sanções, que retiraram os vistos de oito ministros, foram justificadas pela alegação de uma “caça às bruxas” liderada pela Corte contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Gilmar ressaltou que “propagadores da instabilidade e do caos” que atuam contra o Brasil vão receber respostas adequadas do Estado. Ele se referiu indiretamente a Eduardo Bolsonaro, que busca sanções contra autoridades brasileiras nos EUA.
Após a sanção a Moraes, o presidente Lula se reuniu com ministros do STF. Nas reuniões, Lula reiterou que tarifas de Trump podem ser discutidas, mas a autonomia do Judiciário brasileiro é inegociável.