Sanção contra Moraes reforça caráter político do tarifaço, avalia governo
Lula vê sanções dos EUA contra Moraes como um obstáculo nas negociações comerciais entre os países. Analistas apontam que a medida evidencia a falta de interesse americano em dialogar sobre o tarifaço de 50%.
Governo Lula avalia que as sanções dos EUA ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, evidenciam o caráter político da sobretaxa de 50% a ser aplicada em produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.
A medida, segundo auxiliares, mostra a falta de disposição americana para negociar o tarifaço.
No dia 30 de julho, o governo Trump anunciou punições financeiras a Moraes, por meio da Lei Magnitsky, que visa graves violações dos direitos humanos:
- Congelamento de bens e ativos de Moraes nos EUA;
- Proibição de operações financeiras em dólares com ele.
Assessores de Lula consideram que a sanção, imposta dois dias antes do tarifaço, demonstra que a sobretaxa é uma punição ao Brasil, não uma questão comercial.
Trump associou o tarifaço ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF e à regulamentação das redes sociais.
Um assessor afirma que as sanções indicam que a reversão do tarifaço é dificilmente provável, e a exclusão de produtos, como o café, depende apenas do lado americano.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, reforçou a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes, chamando-o de responsável por uma campanha opressiva contra cidadãos e empresas.
Haddad, ministro da Fazenda, mencionou que a equipe de Bessent havia indicado uma possível conversa com o governo brasileiro antes da imposição da sobretaxa.
A situação foi consolidada por uma publicação de Trump, reafirmando que o prazo para o tarifaço não seria estendido.