Salários de presidentes na CBF subiram 330%, diz revista
Aumento nos salários dos presidentes das federações estaduais levanta críticas sobre a administração atual. Ednaldo Rodrigues busca reverter a pressão por resultados após um histórico de insatisfação na seleção brasileira.
A edição de abril da Revista Piauí revelou, nesta sexta-feira (04.abr.2025), os gastos elevados da CBF sob a gestão de Ednaldo Rodrigues.
O aumento no salário dos 27 presidentes de federações estaduais foi um dos principais destaques, passando de R$ 50 mil para R$ 215 mil mensais — um aumento de 330%.
A revelação surge após a reeleição unânime de Ednaldo, no fim de março. O ex-jogador Ronaldo cogitou candidatura, mas desistiu por falta de apoio.
Ednaldo, de 71 anos, assumiu a CBF interinamente em 2021 e foi oficialmente eleito em março de 2022. Seu novo mandato vai de março de 2026 a março de 2030.
A 1ª passagem de Ednaldo na presidência trouxe instabilidade na seleção brasileira e embates jurídicos. A eliminação nas quartas de final da Copa do Catar resultou na saída do técnico Tite.
O presidente tentou contratar Carlo Ancelotti, mas ele só poderia assumir em 2024. Enquanto isso, Ramon Menezes e Fernando Diniz lideraram a equipe interinamente.
A pressão aumentou com a não classificação da seleção masculina para os Jogos Olímpicos de Paris. Ednaldo também enfrentou disputas judiciais; em dezembro de 2023, foi afastado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, mas reconduzido ao cargo pelo STF em janeiro de 2024.
Após sua reeleição, a seleção foi derrotada pela Argentina, levando à demissão de Dorival. Agora, Ednaldo busca um novo treinador e promete mais transparência e participação dos clubes na gestão da CBF.