Saída de Juscelino atropela planos de Lula para reforma ministerial
Lula enfrenta pressão para reorganizar ministérios após a saída de Juscelino Filho. A mudança pode impactar a relação com partidos do Centrão e suas pretensões orçamentárias.
Saída de Juscelino Filho (União Brasil) do Ministério das Comunicações, após denúncia da PGR por corrupção, força Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a antecipar a reforma ministerial.
Lula não planejava mexer nas pastas do Centrão, apenas nas controladas por petistas. A vaga de Juscelino aumenta o interesse dos partidos centristas por mais representação no governo e no Orçamento.
O PSD da Câmara, liderado por André de Paula, expressa insatisfação com as pastas sob seu comando. O partido controla as pastas da Pesca, Agricultura e Minas e Energia.
Em uma carta de demissão, Juscelino afirmou ter recebido apoio de Lula e decidiu sair para se defender da denúncia da PGR e proteger o projeto do presidente. A decisão foi comunicada durante um almoço com Gleisi Hoffmann e a cúpula do União Brasil.
Foi acordado que o Ministério das Comunicações permanecerá com o partido, com Pedro Lucas (MA) como principal candidato ao cargo.
A avaliação do Planalto é de que a representação do União Brasil é adequada ao seu apoio ao governo, mas as mudanças em 2026 serão tratadas após organizar apoios.
A saída de Juscelino obriga Lula a decidir sobre a situação do PSD e do União Brasil, com o primeiro interessado na vaga do Turismo.