Saiba se você vai pagar imposto sobre títulos que antes eram isentos
Investidores em renda fixa enfrentam novas regras tributárias a partir de 2026, com aumento do Imposto de Renda para títulos emitidos a partir dessa data. A medida, que visa aumentar a arrecadação do governo, impactará principalmente a classe média, contrariando a expectativa de que apenas os mais ricos seriam afetados.
Aumento de Impostos em Títulos de Renda Fixa
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou um aumento do Imposto de Renda (IR) sobre títulos de renda fixa, que passará de zero para 5%, a partir de 1º de janeiro de 2026.
Títulos comprados até o final de 2025 continuarão isentos. No entanto, haverá uma elevação da carga tributária para investidores que comprarem a partir de 2026.
Exceções incluem títulos emitidos antes de 2026 que podem ser tributados se houver alteração no prazo de vencimento, conforme declarado pelo professor Julio de Oliveira.
Títulos afetados incluem CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio). A medida foi publicada em 11.jan.2025 e visa aumentar a arrecadação tributária, prevendo R$ 2,6 bilhões de receita.
Dados mostram que 63% das 4 milhões de contas afetadas não são consideradas de alta renda, contradizendo a afirmação de que a tributação atingiria “apenas os mais ricos”.
A alteração inclui uma nova taxa unificada de 17,5% sobre diversas aplicações financeiras, substituindo taxas que variavam entre 15% a 22,5%. Essa nova taxa será válida para aplicações adquiridas a partir de janeiro de 2026.
Investimentos afetados:
- LCI (Letra de Crédito Imobiliário)
- LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)
- CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários)
- CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio)