Saiba quem foram os afastados do INSS por desvio de R$ 6,3 bi
Afastamento de servidores do INSS é parte de operação da PF que investiga desvios de R$ 6,3 bilhões. Governo suspendeu acordos com entidades que aplicavam descontos indevidos em aposentadorias e pensões.
Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou, nesta 4ª feira (23.abr.2025), o afastamento de 4 dos 5 servidores públicos investigados em operação da PF sobre o desvio de R$ 6,3 bilhões de aposentadorias, entre 2019 e 2024.
O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, também foi afastado pela Justiça Federal. Um policial federal está envolvido, mas sua identidade permanece em sigilo.
A investigação revelou irregularidades em descontos de mensalidades associativas sobre benefícios previdenciários.
A CGU (Controladoria Geral da União) começou apurações em 2023 para investigar o aumento de entidades e valores descontados de aposentados. Foram auditadas 29 entidades e entrevistados 1.300 aposentados.
A CGU constatou que a maioria dos entrevistados não autorizou os descontos. Além disso, 70% das entidades não apresentaram a documentação completa ao INSS.
A operação cumpre 211 mandados judiciais e 6 mandados de prisão temporária em diversos estados.
Itens apreendidos incluem carros de luxo, dinheiro, joias e obras de arte. Os valores ainda estão sendo contabilizados.
Antes da coletiva, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, se reuniram com o presidente Lula para discutir a operação.
Medidas tomadas pelo governo incluem a suspensão dos Acordos de Cooperação Técnica com entidades do INSS. Onze entidades estão sob investigação judicial.
Abaixo as entidades alvo das medidas:
- Ambex (2017)
- Sindinap/FS (2014)
- AAPB (2021)
- AAPEN (2023)
- Contag (1994)
- AAPPS Universo (2022)
- Unaspub (2022)
- Conafer (2017)
- APDAP Prev (2022)
- ABCB/Amar Brasil (2022)
- CAAP (2022)
Aposentados e pensionistas do INSS que perceberem descontos indevidos podem solicitar a exclusão pelo aplicativo ou site "Meu INSS".