Saiba o que acontece após Bolsonaro e outros sete réus serem interrogados por Moraes no STF
Os depoimentos são considerados cruciais para o desfecho do caso que envolve acusações de golpe de Estado e organização criminosa. A expectativa é que os interrogatórios influenciem a decisão da Primeira Turma do STF.
Processo contra o núcleo golpista de 2022 entrou na fase de depoimentos dos acusados nesta segunda-feira (09).
O interrogatório, iniciado às 14h e previsto para se estender até sexta-feira (13), conta com a presença de réus como Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Augusto Heleno, Jair Bolsonaro e Paulo Sérgio Nogueira. O investigado Walter Braga Netto participa por teleconferência, devido à sua prisão no Rio de Janeiro.
Os réus são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de:
- Abolição violenta do Estado democrático de direito
- Golpe de Estado
- Organização criminosa
- Dano qualificado
- Deterioração do patrimônio tombado
A denúncia foi recebida em março pelo STF. Testemunhas, incluindo os ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica, foram ouvidas nas últimas semanas.
Mauro Cid é o primeiro a depor, seguido dos demais réus em ordem alfabética. Os depoimentos são conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, com participação do procurador-geral Paul Gonet e da chefe do gabinete Cristina Gomes.
As defesas terão a oportunidade de questionar os interrogados, mas os réus podem optar por ficar em silêncio.
Após os interrogatórios, haverá um prazo para que as partes solicitem diligências e novas provas, que serão avaliadas por Moraes. Em seguida, as alegações finais da defesa e acusação serão apresentadas antes do julgamento final.
No julgamento, Moraes lerá seu relatório e a Primeira Turma do STF votará pela condenação ou absolvição dos réus.