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Safra, emprego, renda e crédito: entenda os fatores que mantêm a economia crescendo e revisam projeções

Economistas revisam projeções de crescimento para o primeiro trimestre de 2025, apontando um desempenho melhor que o esperado. Apesar do adiamento da desaceleração econômica, a expectativa de um arrefecimento no consumo permanece para a segunda metade do ano.

Adiada desaceleração econômica no Brasil

A desaceleração da economia foi novamente adiada, com expectativas de um crescimento menor do que o previsto. A supersafra, o mercado de trabalho aquecido e a expansão do crédito impulsionaram revisões positivas nas projeções de crescimento para o primeiro trimestre de 2025.

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central mostrou um crescimento de 1,3% no primeiro trimestre, surpreendendo analistas que esperavam um ritmo mais lento. O resultado oficial do PIB será divulgado em 30 de maio.

Economistas, como Andrea Damico, da Armor Capital, revisaram suas projeções do PIB para 1,4% em relação ao último trimestre de 2024, em comparação com a estimativa anterior de 1,1%.

Além da agropecuária, o setor de serviços manteve desempenho forte e a indústria não desacelerou. O consumo das famílias se manteve robusto, impulsionado por salários e rendimentos recordes, mesmo com a taxa Selic elevada em 14,75% ao ano.

O crescimento também foi favorecido pelos créditos consignados, que permitiram a troca de dívidas mais caras por menos onerosas, aumentando a renda disponível para consumo.

Embora a desaceleração esteja prevista, alguns acreditam que será menos intensa. O Ministério da Fazenda revisou a previsão de crescimento para 2,4% em 2025, acima da estimativa anterior de 2,3%. Outros especialistas, como Ariane Benedito, elevaram suas projeções para 2,2%.

A expectativa é de uma fase de estagnação nos próximos meses, influenciada pelos juros elevados e incertezas externas. Os novos incentivos do governo e outros fatores, como a gripe aviária e a guerra comercial dos EUA, poderão impactar essa trajetória.

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