Rússia lança maior ataque aéreo da guerra contra a Ucrânia e Zelensky culpa Putin
Zelensky critica o silêncio dos EUA e da comunidade internacional em meio a uma escalada de ataques russos na Ucrânia. O presidente ucraniano enfatiza que a falta de pressão sobre Putin contribui para a continuidade da brutalidade e das mortes civis.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, denunciou o silêncio dos EUA e da comunidade internacional, que encoraja Putin a escalar ataques. A declaração veio após o maior bombardeio da guerra, com 12 mortos e dezenas de feridos em várias regiões do país.
Zelensky afirmou: “A Rússia está prolongando esta guerra e continua matando todos os dias. Essa brutalidade não pode ser detida sem pressão forte sobre a liderança russa.” O ataque ocorreu mesmo após uma grande troca de prisioneiros entre Ucrânia e Rússia, com 307 detidos de cada lado.
No último bombardeio, a Rússia lançou 367 armamentos — 69 mísseis e 298 drones —, sendo este o maior uso de armamentos da guerra. Além disso, cerca de dois terços foram abatidos pelas forças ucranianas. Zelensky indicou que os ataques estão impactando severamente áreas urbanas, resultando em altas taxas de vítimas civis.
As mortes civis aumentaram mês a mês desde fevereiro, com 209 em abril, um dos maiores totais dos últimos dois anos. A Rússia intensificou os ataques contra áreas urbanas, incluindo tragédias em parquinhos e centros urbanos que resultaram na morte de civis, inclusive crianças.
A escalada no conflito leva a um ciclo crescente de ofensivas aéreas. Ambos os lados aumentaram a produção de drones e estão agora capazes de lançar centenas em uma única noite, superando defesas inimigas.
Embora exista uma pressão para negociações de cessar-fogo, as exigências da Rússia, incluindo a retirada das tropas ucranianas das regiões anexadas, têm sido inaceitáveis para Kiev. Zelensky alertou que a recusa da Rússia em concordar com um cessar-fogo pode resultar em sanções internacionais mais severas.