Rússia e Ucrânia trocam 410 prisioneiros de guerra em meio a ataques
Troca ocorre em meio a tensões contínuas e ataques, destacando a complexidade das negociações entre os países. A trégua unilateral de Putin é vista com ceticismo por Kiev e se aproxima das comemorações da vitória sobre a Alemanha nazista.
Troca de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia foi anunciada pelo Ministério da Defesa da Rússia nesta terça-feira (6), com a devolução de 410 prisioneiros de guerra, 205 de cada lado. A ação ocorreu antes do cessar-fogo de três dias declarado por Vladimir Putin.
O ministério informou que em 6 de maio, os militares russos foram devolvidos do território controlado pela Ucrânia, enquanto os ucranianos foram entregues em troca. Apesar da troca, ambos os lados continuam a realizar ataques; uma ação com drones da Ucrânia fechou aeroportos na Rússia.
A liberação de prisioneiros acontece a poucos dias das comemorações de 80 anos da vitória da antiga União Soviética sobre a Alemanha nazista e da trégua unilateral de Putin, marcada para 8 a 10 de maio. O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, chamou a trégua de "tentativa de manipulação".
Essa é a quinta troca de prisioneiros de guerra em 2024. Negociações ocorrem com a mediação de países como Emirados Árabes Unidos e Turquia, refletindo uma das poucas áreas de entendimento entre Kiev e Moscou.
- Setembro de 2024: troca de 206 prisioneiros, com 103 de cada lado.
- Julho de 2024: libertação de 190 prisioneiros, sendo 95 de cada lado.
- Abril de 2025: libertação da bailarina Ksenia Karelina em troca de prisioneiros entre EUA e Moscou.
- Agosto de 2024: libertação do jornalista Evan Gershkovich após 16 meses preso na Rússia.