Rússia e Ucrânia se acusam de violar cessar-fogo de Páscoa
Troca de acusações entre Rússia e Ucrânia marca falha no cessar-fogo de Páscoa. Ambos os lados alegam violações e ataques, evidenciando a continuidade do conflito.
Rússia e Ucrânia trocaram acusações de violação do cessar-fogo de Páscoa de um dia, anunciado por Vladimir Putin.
Ambos os lados afirmam ter sofrido ataques durante o período da trégua. Putin ordenou a suspensão das atividades militares até a meia-noite de domingo (horário de Moscou).
O presidente ucraniano Volodimir Zelenski denunciou que a Rússia continuou com ataques, registrando 26 assaltos entre a meia-noite e o meio-dia. Ele afirmou que, ou Putin não controla seu exército, ou a Rússia não quer realmente a paz.
O Ministério da Defesa da Rússia alegou que a Ucrânia violou o cessar-fogo mais de mil vezes, ocasionando danos e mortes civis. Segundo eles, houve 444 disparos contra posições russas e mais de 900 ataques aéreos.
Apesar das tensões, o exército ucraniano relatou uma redução da atividade na linha de frente e algumas fontes militares russas corroboraram a diminuição.
A agência de notícias Reuters ainda não conseguiu verificar as alegações de combate de ambos os lados.
A dificuldade em manter a trégua destaca os desafios que o presidente dos EUA, Donald Trump, enfrentará para alcançar um acordo de paz. Os EUA consideram abandonar a mediação se não houver progresso.
Recentemente, a Ucrânia aceitou uma proposta de Trump para uma trégua de 30 dias, mas ao mesmo tempo, ambos os lados acusam-se mutuamente de violá-la.
Zelenski se mostrou disposto a estender a trégua, mas adverte que a Ucrânia não hesitará em reagir se a Rússia continuar os combates.
Putin sinalizou ao seu general Valery Gerasimov que respondesse se a Ucrânia violasse a trégua.
Atualmente, a Rússia controla cerca de um quinto do território ucraniano, incluindo a Crimeia.
Durante o anúncio do cessar-fogo, Putin se preparou para um serviço de Páscoa, destacando a importância da trégua como um teste para a disposição da Ucrânia em buscar a paz.
A União Europeia e a ONU expressaram apoio a um cessar-fogo, lembrando que a Rússia poderia finalizar a guerra se quisesse.
Zelenski, em mensagem aos ucranianos, enfatizou a importância da esperança pela paz. "Sabemos o que estamos defendendo," declarou ele.