Rússia e Ucrânia fazem maior troca de prisioneiros da guerra
Troca histórica de prisioneiros marca avanço nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. Medidas são impulsionadas por esforços diplomáticos dos Estados Unidos, embora os combates continuem intensos.
A maior troca de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia desde o início do conflito ocorreu na sexta-feira (23).
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a negociação, buscando mediar uma trégua entre os dois países. Militares de ambos os lados confirmaram o processo, mas sem detalhes.
Nas últimas semanas, foram enviadas listas de mil nomes de detidos para troca, superando as trocas habituais que envolviam dezenas ou centenas de prisioneiros, geralmente mediadas por Turquia ou Emirados Árabes Unidos.
A negociação direta surgiu após contatos de Trump, que alterou a política americana em relação à Ucrânia e procurou uma aproximação com Vladimir Putin. Os países se encontraram na semana passada em Istambul pela primeira vez desde 2022.
O chanceler russo, Serguei Lavrov, considerou deselegante a proposta de realizar a segunda rodada de negociações no Vaticano. A sugestão, feita por Trump, foi discutida em uma conversa com Putin.
Tanto a Rússia quanto a Ucrânia possuem maiorias cristãs ortodoxas, e a relação entre as igrejas foi impactada por questões políticas recentes.
Embora as negociações avancem, a guerra continua. A Ucrânia lançou ataques com drones, e a Rússia respondeu com mísseis e drones. A semana foi marcada por intensos confrontos, com perdas significativas de drones e alguns avanços territoriais russos em regiões como Sumi e Kharkiv.