Rússia deve acabar com cessar-fogo energético contra Ucrânia após negociações travadas
Rússia planeja retomar os ataques à infraestrutura energética ucraniana após uma pausa de 30 dias, alimentando tensões nas negociações de paz. As divergências sobre a validade do cessar-fogo limitado indicam a fragilidade da trégua entre Moscou e Kiev.
Rússia anuncia retomada de ataques à infraestrutura energética da Ucrânia nesta quarta-feira, 16, após pausa de 30 dias.
Moscou e Kiev se acusam de violar o cessar-fogo e discordam sobre a data de início da trégua, que o Kremlin afirma ter começado em 18 de março, enquanto a Ucrânia diz que foi em 25 de março.
A postura russa revela entraves nas negociações de cessar-fogo e levanta dúvidas sobre a estratégia dos Estados Unidos, especialmente em relação à pressão de Donald Trump sobre a Rússia, que não tem sido firme diante dos recentes ataques que causaram mortes de civis.
Apesar de um cessar-fogo parcial, ambos os lados se acusam de ataques diários. O Ministério da Defesa russo, sem provas concretas, alega ataques constantes da Ucrânia à infraestrutura energética russa. Autoridades ucranianas, por sua vez, afirmam que a Rússia destruiu redes elétricas em diversas regiões.
Trump busca progressos nas negociações, mas o Kremlin minimiza as esperanças de um acordo rápido, afirmando a complexidade do tema e a falta de consenso em pontos essenciais.
O governo Trump indicou que um acordo estava próximo, mas o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou o contrário. Enquanto isso, o enviado de Trump, Steve Witkoff, se encontrou com líderes russos, sugerindo que havia espaço para um acordo econômico entre os países.
Analistas criticaram a abordagem de Witkoff, chamando atenção para a falta de conhecimento das táticas de negociação do Kremlin e da situação da Ucrânia.