Rússia descarta ideia de uma reunião trilateral com Trump e Putin

Kremlin rejeita proposta de Zelensky

O Kremlin descartou, nesta quarta-feira (28), a proposta do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para uma reunião trilateral com Vladimir Putin e Donald Trump para encerrar o conflito na Ucrânia.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que um encontro deste tipo deve ser resultado de “acordos concretos” entre os dois países em guerra.

Zelensky, por sua vez, manifestou-se preparado para uma reunião em qualquer formato, mesmo trilateral.

Conflito intensifica

Nos últimos dias, ambos os lados realizaram intensos bombardeios. O Ministério da Defesa russo acusou a Ucrânia de disparar cerca de 300 drones, mas alegou ter interceptado a maioria.

Zelensky se encontrou, em Berlim, com o líder alemão, Friedrich Merz, que garantiu apoio para a produção de mísseis à Ucrânia.

O presidente ucraniano acusou a Rússia de prolongar o processo de paz e afirmou que ela busca razões para não encerrar o conflito.

Convite à Otan e sanções

Durante sua visita, Zelensky pediu à Otan para ser convidado para a próxima cúpula no fim de junho, alertando que a ausência da Ucrânia seria uma vitória para Putin.

Ele reiterou o apelo aos EUA para impor mais sanções à Rússia.

Reações de Trump e contexto do conflito

Trump criticou Putin em sua plataforma, afirmando que ele “ficou louco” após bombardeios que resultaram na morte de civis na Ucrânia.

Desde fevereiro de 2022, o conflito resultou em dezenas de milhares de mortes, a destruição considerável do leste e sul da Ucrânia, e o controle russo de cerca de um quinto do território ucraniano.

Crimes de guerra e concentrações militares

Uma investigação da ONU mencionou “crimes contra a humanidade” cometidos pelo exército russo em seus ataques na região de Kherson.

Zelensky alertou para a concentração de mais de 50.000 soldados russos na região de Sumi, sugerindo uma possível ofensiva.

Recentemente, Moscou anunciou a elaboração de um “memorado” com condições para um acordo de paz duradouro.

*Com informações da AFP
Publicado por Nátaly Tenório