Rússia confirma retaliação e acusa Kiev de novo ataque
Putin anuncia retaliação à Ucrânia após ataque a bombardeiros estratégicos. Temor é que a resposta militar envolva o uso de armamento nuclear.
Kremlin confirmou nesta quinta (5) que o presidente Vladimir Putin decidiu retaliar o ataque ucraniano de domingo (1), que destruiu bombardeiros em bases aéreas russas.
A forma e o momento da retaliação são prerrogativas das Forças Armadas, conforme afirmou o porta-voz Dmitri Peskov. Putin já comunicou a decisão ao presidente americano Donald Trump, que previu uma retaliação dura, temendo o uso de armas nucleares.
Os bombardeiros, utilizados para lançar mísseis convencionais, podem também carregar ogivas nucleares. Estimativas indicam que cerca de dez bombardeiros foram afetados, representando quase 10% da frota russa desse tipo.
Enquanto isso, a Ucrânia teme um ataque maciço com mísseis balísticos, possivelmente do modelo Orechnik. Recentemente, ao menos cinco pessoas morreram em ataques de drones na região de Tchernihiv.
O governo russo acusou a Ucrânia de outro ataque à sua infraestrutura, com a explosão de um trecho de ferrovia perto de Voronej. O FSB sugere que foi causada por uma bomba, mas Kiev não comentou.
Na diplomacia, Peskov afirmou que Putin está disponível para mediar negociações sobre o acordo nuclear para impedir que o Irã obtenha a bomba atômica, apesar das dificuldades nas conversas com os Estados Unidos.