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Rússia cobra Brasil por mais apoio na Guerra da Ucrânia

Lavrov solicita apoio brasileiro nas negociações de paz enquanto reforça a visão russa sobre a Guerra da Ucrânia. A reunião, marcada por cordialidade, destaca a posição neutra do Brasil, mas também as tensões com o governo ucraniano.

Chanceler russo Serguei Lavrov solicitou mais apoio do Brasil nas negociações para encerrar a Guerra da Ucrânia.

Em reunião com o assessor presidencial Celso Amorim em Moscou, Lavrov pediu maior compreensão das causas fundamentais do conflito, refletindo a visão da Rússia sobre a invasão de 2022.

A reunião, realizada no dia 28, ocorreu durante um encontro internacional focado em ações cibernéticas, e foi considerada cordial, mas a cobrança russa chamou atenção.

O Brasil é visto como um aliado neutro pelo Kremlin. Recentemente, o presidente Lula participou da celebração do 80º aniversário da vitória soviética, reforçando laços com Moscou, o que gerou críticas.

Amorim defendeu a posição de neutralidade do Brasil, que condenou a invasão em votações na ONU, mas também critica as sanções ocidentais. As relações comerciais com a Rússia incluem a compra de fertilizantes e óleo diesel.

As conversas foram descritas como "francas e substanciais", segundo a chancelaria russa. Amorim também se reuniu com o enviado do Irã, Ali Akbar Ahmadian.

Para a Rússia, a invasão foi justificada pela percepção de ameaças ocidentais e a necessidade de proteger regiões russófonas. Zelenski, por outro lado, considera isso uma desculpa para imperialismo.

A próxima rodada de negociações pode ocorrer em Istambul no dia 2, mas a posição da Ucrânia é de exigir que Moscou apresente publicamente seus termos de paz antes da reunião.

A Suíça se ofereceu para sediar um novo encontro em Genebra, mas a Rússia não aceitou a proposta.

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