Ruas de cidades ucranianas são tomadas pela primeira vez por manifestantes desde o início da guerra
Descontentamento popular cresce em meio a reformas polêmicas de Zelensky, que enfrenta críticas por tentar limitar a autonomia dos órgãos anticorrupção. A pressão nas ruas aponta para um descompasso entre promessas de transparência e práticas herdadas do passado soviético.
Guerra e Política na Ucrânia
Desde a invasão russa e a lei marcial, o apoio à presidência de Zelensky tem sido constante, apesar de críticas e desafios internos. A guerra uniu a população em torno de ideais comuns, embora a popularidade de Zelensky varie com o desempenho militar.
A presença de grupos pró-Rússia é mínima, enquanto a retórica europeísta do presidente ressoa especialmente entre os jovens. No entanto, as práticas oligárquicas herdadas da era soviética dificultam mudanças significativas.
A revolução de 2014 trouxe um novo ambiente político, mas a corrupção ainda persiste, apesar de reformas feitas. A aspiração da Ucrânia em se tornar membro da União Europeia impõe requisitos de transparência e combate à corrupção.
Agências anticorrupção têm atuado de forma independente, mas denúncias de desvio de recursos, especialmente após bilhões em ajuda externa, têm gerado demissões e críticas.
Recentemente, Zelensky defendeu um projeto de lei polêmico que enfraquece a independência dos órgãos anticorrupção, o que provocou grandes manifestações em cidades ucranianas. Apesar das pressões, o presidente declarou que não usará seu poder de veto.
A campanha militar e a espera por armamentos da OTAN testam a popularidade de Zelensky, que enfrenta crescentes preocupações dos cidadãos sobre uma possível volta às práticas políticas do passado.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.