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Roche vai investir US$ 50 bi nos EUA no momento em que Trump ameaça impor tarifa a farmacêuticas

Roche planeja fortalecer sua presença nos EUA com investimentos focados em expansão e inovação na produção de medicamentos. A iniciativa deve gerar mais de 12 mil empregos e visa garantir a competitividade em um mercado em crescimento.

A Roche anunciou um investimento de US$ 50 bilhões nos EUA nos próximos cinco anos, unindo-se a outras farmacêuticas em planos de expansão, diante da possibilidade de tarifas sobre importações medicinais pelo presidente Donald Trump.

A empresa suíça visa modernizar suas operações em Kentucky, Indiana, Nova Jersey, Oregon e Califórnia. A Roche também construirá uma fábrica para produzir medicamentos voltados à perda de peso, mas a localização não foi especificada.

Esse investimento segue a Novartis, que planeja investir US$ 23 bilhões nos EUA, priorizando a produção local de seus principais medicamentos. A Roche estima que seus investimentos gerem mais de 12 mil novos empregos nas áreas de construção e manufatura.

As acciones da Roche caíam 0,7% no horário da negociação suíça. No último ano, os papéis subiram cerca de 12%, superando o Índice Bloomberg Europe Pharmaceutical.

A decisão da Roche é influenciada por alertas de farmacêuticas europeias sobre migração para os EUA, considerado o maior mercado farmacêutico e um ambiente de negócios favorável. As vantagens incluem disponibilidade de capital, proteção à propriedade intelectual, rapidez na aprovação de medicamentos e valorização da inovação.

A Roche possui uma presença forte nos EUA, incluindo a Genentech, e emprega mais de 25 mil pessoas no país. A empresa também planeja uma nova unidade de fabricação de terapias gênicas na Pensilvânia e um centro de pesquisa e desenvolvimento em Massachusetts.

Novas plantas serão construídas, incluindo uma de monitoramento contínuo de glicose em Indiana e modernização de centros nas áreas de farmacêuticos e diagnósticos no Arizona, Indiana e Califórnia.

A Roche acredita que, após a operação de todas as novas capacidades, começará a exportar mais medicamentos dos EUA do que importa; atualmente, sua divisão de diagnósticos já apresenta superávit nas exportações.

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