River, Boca Juniors e aposentados: entenda a origem dos protestos contra Milei na Argentina
Confrontos em Buenos Aires resultam em feridos e detenções após protesto de aposentados contra políticas econômicas. O governo culpa a oposição pelo aumento da violência e pela insatisfação social crescente.
Manifestação de aposentados em Buenos Aires, realizada em 12 de outubro, resultou em 20 feridos e mais de 120 detidos.
O protesto foi contra a queda do poder aquisitivo das pensões, ganhando apoio de torcedores de futebol e movimentos sociais, provocando confrontos intensos com a polícia.
Os manifestantes se concentraram nas imediações do Congresso e na Praça de Maio, protestando contra o governo de Javier Milei e a ministra da Segurança, Patricia Bullrich.
Um fotojornalista, Pablo Grillo, foi gravemente ferido. Seu pai acusou autoridades de possível intenção de "matar" os manifestantes.
A polícia empregou gás de pimenta, balas de borracha e caminhões de água. A violência culminou na destruição de veículos policiais.
Os protestos, que ocorrem semanalmente, tornaram-se mais intensos com políticas econômicas que elevaram os preços de medicamentos e serviços essenciais.
O governo informou que cerca de 60% dos aposentados recebem apenas 340 dólares mensais, gerando insatisfação.
O chefe de gabinete, Guillermo Francos, implicou grupos de oposição, citando kirchnerismo e esquerda, como responsáveis pela violência.
A ministra Bullrich afirmou que os manifestantes estavam preparados para "matar".
O protesto gerou crescentes tensões entre governo e oposição e se espalhou por outros setores da sociedade.
Manifestantes, como Cristina Delgado, de 85 anos, compararam a situação à repressão sob regimes militares.
Nova onda de protestos pediu a libertação dos detidos e condenou a repressão policial, aumentando o debate sobre a situação dos aposentados.
Com AFP.