Rival de Zelenski e aliado de ex-presidente pró-Rússia da Ucrânia é morto a tiros em Madri
Andrii Portnov foi assassinado enquanto levava seus filhos à escola em Madri, em um ataque a tiros que chocou a comunidade local. O ex-funcionário ucraniano, com histórico de corrupção e laços estreitos com o governo pró-Rússia, tinha retornado recentemente à Ucrânia após anos no exterior.
Andrii Portnov, ex-chefe-adjunto da administração presidencial da Ucrânia durante o governo de Viktor Yanukovych, foi morto a tiros nesta quarta-feira, 21, perto de Madri. O crime ocorreu do lado de fora de uma escola.
A vítima foi baleada várias vezes ao entrar em um veículo, com disparos nas costas e na cabeça. Diversas pessoas teriam fugido para uma área arborizada após o crime. O assassinato aconteceu às 9h15, horário local.
Portnov havia acabado de deixar seus filhos em uma escola americana quando foi atacado. Um funcionário do serviço de inteligência militar ucraniano confirmou a morte dele, mas não deu mais detalhes.
O corpo de Portnov foi coberto e removido pouco antes das 14h. Ele já estava morto quando os socorristas chegaram, apresentando pelo menos três ferimentos por bala. Um testemunho de uma estudante mencionou ter ouvido entre 6 a 7 disparos.
Com 51 anos, Portnov era jurista e teve uma carreira política ativa. Ele foi membro do Parlamento na década de 2000 e, posteriormente, chefe-adjunto da administração presidencial de Yanukovych, que fugiu para a Rússia em 2014 após a Revolução Maidan.
Após a queda de Yanukovych, Portnov foi para a Rússia e, em seguida, Áustria, retornando à Ucrânia em 2019. Reportagens indicam que ele conseguiu fugir do país em junho de 2022, mesmo com restrições para homens de 18 a 60 anos devido à invasão russa.
Portnov foi sancionado pelos EUA em dezembro de 2021 por corrupção. O Departamento do Tesouro norte-americano o acusou de ter conexões profundas com o sistema judiciário da Ucrânia, usando subornos para influenciar decisões judiciais e sabotar reformas.