Rio Tinto tem menor lucro no 1º semestre em 5 anos com queda do minério de ferro
Rio Tinto enfrenta queda significativa em lucros e dividendos devido à baixa nos preços do minério de ferro. Apesar dos desafios, a empresa sinaliza um futuro promissor com foco em cobre e lítio.
A Rio Tinto anunciou nesta quarta-feira que registrou seu menor lucro no primeiro semestre em cinco anos, totalizando US$4,81 bilhões, uma queda de 16% em relação ao ano anterior. O resultado ficou abaixo do consenso de US$5,05 bilhões.
O desempenho fraco se deve à queda de 15% nos preços do minério de ferro, apesar do aumento nos preços de cobre, bauxita, alumina, alumínio e ouro.
A mineradora declarou um dividendo intermediário de US$1,48 por ação, inferior aos US$1,77 do ano passado. O CEO Jakob Stausholm, que deixará o cargo em 25 de agosto, afirmou que a empresa está em "boa forma" e com oportunidades pela frente.
Os custos unitários em Pilbara aumentaram para US$24,3 por tonelada métrica úmida, devido a embarques menores e ao impacto de ciclones. A previsão é que os custos para 2025 variem de US$23 a US$24,5 por tonelada.
Os preços do minério de ferro caíram em função da redução da produção de aço na China e do aumento de oferta da Austrália, Brasil e África do Sul. Contudo, a expectativa de reabastecimento na China pode levar os preços a US$100 por tonelada métrica até o final do ano.
A Rio Tinto manteve sua meta de embarque para 2023 em Pilbara entre 323 milhões de toneladas e 338 milhões de toneladas. Os preços do lítio estão recuperando, com uma demanda robusta do setor de baterias estacionárias.
Stausholm não comentou sobre o impacto das tarifas de cobre nos EUA, mas mencionou que a demanda por cobre pode dobrar devido à energia exigida por data centers.