Riedel pode deixar PSDB em meio à fusão; governador é disputado por PSD, PP e PL
Eduardo Riedel se encontra em um momento crucial para decidir seu futuro político, com a fusão do PSDB e do Podemos se aproximando. Embora seja cortejado por diversos partidos, o governador ainda reflete sobre sua permanência na legenda atual em busca de uma reeleição estratégica.
Eduardo Riedel, governador do Mato Grosso do Sul, enfrentará semanas decisivas. No dia 5 de outubro, participará de evento em Brasília que oficializa a fusão do PSDB com o Podemos.
Riedel está sob pressão do PL de Bolsonaro, PP de Ciro Nogueira e Tereza Cristina, e PSD de Gilberto Kassab para trocar de sigla. Ele reafirma que permanecerá no PSDB até a convenção oficial.
O governador, que é candidato natural à reeleição, é popular e favorito para 2026. Aos 55 anos, vive em Mato Grosso do Sul desde os 26 e tem formação acadêmica em ciências biológicas e zootecnia.
Assim como Tereza Cristina e Ciro Nogueira, outros aliados consideram certa a migração de Riedel para o PP, que possui dezesseis prefeitos no estado. O PSDB, por sua vez, lidera 44 das 79 cidades.
A crise no PSDB se intensificou após a saída de Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, para o PSD, deixando Riedel como o último tucano a chefiar um estado. Leite e Raquel Lyra estão tentando convencê-lo a migrar.
O PL está por fora da disputa, com aliados enfatizando que o estilo conciliador de Riedel não se alinha ao partido. O PSDB, enfraquecido desde 2018, enfrenta uma redução na bancada e perde espaço nas eleições.
Riedel está analisando sua decisão com foco em uma escolha estratégica para a reeleição. Atualmente, o PSDB conta com seis cadeiras na Assembleia, enquanto PP e PL têm três e duas, respectivamente. Levantamento da Paraná Pesquisas indica que, se as eleições fossem hoje, Riedel venceria com 40,3% dos votos, em comparação com 25,5% de Tereza Cristina.