Rico reclama de ir duas e não 3 vezes à Europa, diz Haddad
Ministro da Fazenda critica lobbies contra reforma tributária e defende isenção do IR para trabalhadores com salários de até R$ 5.000. Ele destaca a necessidade de cobrança dos mais ricos para promover justiça social e equilíbrio fiscal.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a proposta de reforma tributária do governo Lula enfrenta lobbies no Congresso.
Durante entrevista à Rádio Bandnews FM, destacou que os ricos são os principais opositores à medida, que visa isentar o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para quem ganha até R$ 5.000 mensais, considerando isso uma medida de justiça social.
Haddad ressaltou que o governo está sempre buscando equilibrar os gastos públicos com cobrança dos mais ricos.
“Quem paga o ajuste fiscal no Brasil é o trabalhador”, afirmou, ressaltando que, pela 1ª vez, um governo faz ajustes que afetam também o andar de cima, que historicamente não era tocado.
Ele também mencionou que o salário-mínimo permaneceu 7 anos sem reajuste acima da inflação e criticou a gestão de Jair Bolsonaro, que não corrigiu a tabela do IR.
O ministro falou sobre o projeto de lei para a reforma tributária como uma tentativa de corrigir a desigualdade de renda no Brasil, um dos países mais ricos, mas que enfrenta alta desigualdade.
Segundo Haddad, não houve manifestações em Brasília sobre a correção da tabela do IR, mas existem muitos lobbies contra a reforma tributária.
“As pessoas dizem que não querem pagar e preferem ir menos vezes à Europa, enquanto quem precisa está pedindo um sanduíche na esquina”, concluiu.