Réus são condenados pela morte do congolês Moïse Kabagambe
Réus são condenados por homicídio triplamente qualificado da vítima Moïse Kabagambe, brutalmente espancada em quiosque na Barra da Tijuca. O juiz ressaltou o impacto emocional da morte na família que buscava abrigo no Brasil.
Tribunal do Júri condena réus pela morte de Moïse Kabagambe
Na noite de sexta-feira, o I Tribunal do Júri da Capital condenou os réus Fábio Pirineus da Silva e Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca pelo homicídio de Moïse Kabagambe, ocorrido em 24 de janeiro de 2022.
Fábio foi sentenciado a 19 anos, 6 meses e 20 dias de prisão, enquanto Aleson recebeu 23 anos, 7 meses e 10 dias, ambos em regime fechado.
O crime teve lugar em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, onde Moïse, de 24 anos, foi brutalmente espancado após uma discussão.
Os réus foram condenados por homicídio triplamente qualificado, devido a motivos fúteis, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. Outro acusado, Brendon Alexander Luz da Silva, ainda não teve seu julgamento agendado.
O Ministério Público do Rio recorreu para aumentar as penas dos condenados, que por sua vez anunciaram que vão recorrer da sentença.
O juiz Thiago Portes, ao ler a sentença, enfatizou o impacto psicológico da morte de Moïse na família, que fugiu de conflitos na República Democrática do Congo buscando abrigo no Brasil.
Relembre o caso:
- Moïse foi agredido no quiosque Tropicália, onde trabalhava.
- As câmeras de segurança registraram a brutalidade dos ataques.
- As agressões foram iniciadas por uma discussão entre Moïse e um homem.
- Os três homens identificados foram condenados pelo MP por homicídio triplamente qualificado.
O promotor Alexandre Murilo Graça descreveu as agressões como se Moïse fosse “um animal peçonhento”.