Réus confirmam ao STF carta de militares para comandantes do Exército
Coronéis depõem sobre a "Carta ao Comandante do Exército" em investigação no STF. Documentos e conversas revelam pressões dentro do Exército Brasileiro e ações de indisciplina entre oficiais.
Coronéis do Exército Bernardo Romão Correa Netto e Fabrício Moreira de Bastos confirmaram ao STF a existência da “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”.
As declarações ocorreram em interrogatório no dia 28.jul.2025 sobre o núcleo 3 do caso. Ambos afirmaram ter acessado o documento a pedido de superiores.
Bastos relatou que recebeu ordens do seu superior no CIE para encaminhar a carta, que era considerada “muito mal escrita” e um “desabafo” dos autores. Ele enfatizou a inocência dos coronéis em tentar pressionar 16 comandantes do Exército.
Correa Netto também confirmou ter enviado o documento a Bastos a pedido dele, discordando do conteúdo por achar que era um “ato de indisciplina”. Ambos os coronéis negaram que a carta tenha sido discutida ou alterada durante uma reunião em 28 de novembro de 2022.
A denúncia da PGR afirma que os réus Ronald Ferreira de Araújo Júnior e Sérgio Cavaliere participaram da elaboração da carta, com a intenção de “convencer e pressionar o alto comando do Exército” para um golpe.
- Bastos e Correa Netto alegam que o Exército puniu os responsáveis pela carta.
- Correa Netto descreveu a reunião como um “encontro entre amigos” e não como uma discussão formal sobre a carta.
Os réus estão sendo investigados por ações relacionadas ao monitoramento e neutralização de autoridades públicas e por ações táticas visando um golpe.