Reuniões no Alvorada e minuta golpista: depoimentos das testemunhas na ação no STF
Interrogatórios dos réus no STF marcam nova fase do processo que investiga tentativa de golpe após as eleições de 2022. Declarações de testemunhas reforçam a denúncia da Procuradoria-Geral da República, enquanto debates acalorados dominam as audiências.
STF dá início aos interrogatórios dos réus na ação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, após audências com 52 testemunhas.
Os depoimentos, segundo ministros da Corte, reforçaram a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Testemunhas das defesas não trouxeram novos elementos.
Principais depoentes incluíram os ex-comandantes das Forças Armadas. O ex-comandante do Exército, Freire Gomes, confirmou reuniões no Palácio do Alvorada sobre a instauração de Estado de Sítio.
O ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Junior, alegou ter visto um general ameaçar Bolsonaro com prisão. Baptista também afirmou que o ex-chefe da Marinha colocou tropas "à disposição" de Bolsonaro.
O governador de SP, Tarcísio de Freitas, testemunhou em defesa de Bolsonaro, negando qualquer avanço na ideia de golpe, e elogiou seu governo.
Um momento tenso envolveu o ex-ministro Aldo Rebelo, que discutiu as expressões usadas em relação às tropas. O ministro Alexandre de Moraes o ameaçou de prisão por desacato.
Os interrogatórios serão transmitidos ao vivo por Bolsonaro. Ele pediu aos apoiadores que acompanhassem o depoimento, afirmando que não irá "lacrar" e que buscará a verdade.
O fim das audiências das testemunhas marca uma nova fase no processo, com expectativa de confrontos entre Moraes e Bolsonaro.