Reuniões do FMI viram palco para críticas contra o tarifaço e pedido de mais prazo
Críticas ao tarifaço de Trump dominam reuniões do FMI e Banco Mundial. Líderes globais expressam preocupações sobre o impacto econômico da guerra comercial e pedem alívio das tensões.
A situação econômica global continua incerta após as reuniões de Primavera do FMI e do Banco Mundial em Washington, com Estados Unidos e China discutindo tarifas.
Wall Street teve ganhos na semana passada, mas críticas ao tarifaço do presidente Trump dominaram os debates. O presidente do Eurogroup, Pascal Donohoe, e analistas consideraram insuficiente o prazo de 90 dias para as negociações.
Em resposta a investigações, Scott Bessent, secretário do Tesouro, indicou que o governo poderia estender o prazo. No entanto, Trump afirmou ser improvável uma nova pausa nas tarifas, citando a situação de outros países.
Os fóruns do G-20 e do Brics também expressaram preocupações sobre as tarifas de Trump e seus impactos econômicos. A secretária do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, destacou a necessidade de aliviar as tensões.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, criticou as tarifas à China e apontou efeitos negativos na economia global. Economistas alertam sobre o risco de desaceleração econômica.
O FMI projeta menor crescimento e alta da inflação devido às tarifas. Embora o risco de recessão aumente, líderes descartam uma queda imediata.
O IIF prevê uma recessão leve nos EUA e uma contração na economia mexicana. O Brasil também enfrenta cortes nas projeções de crescimento e desafios fiscais. Tatiana Pinheiro ressalta que o Banco Central deve ser cauteloso ao mudar a taxa de juros.
Um menor crescimento global pode formar um cenário desinflacionário no Brasil, conforme análises, mas especialistas alertam que esse cenário ideal pode não se concretizar devido a pressões internas.