Réu por trama golpista, Ramagem chama pedido de condenação da PGR de 'conchavo'
Ramagem critica alegações finais da PGR acusando de conchavo e perseguição. Grupo de oito réus, incluindo Bolsonaro, enfrenta graves acusações relacionadas à tentativa de golpe de Estado.
Deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) criticou as alegações finais da Procuradoria-Geral da República (PGR) na ação por tentativa de golpe de Estado, chamando-as de "conchavo de quem manda".
Em publicação no X, Ramagem afirmou que a PGR está usando a peça como um instrumento de perseguição, censura e insegurança.
A declaração ocorreu após a PGR pedir a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete aliados, incluindo Ramagem, acusados de liderar uma trama golpista após a derrota nas eleições de 2022.
O documento foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de segunda-feira (14). Os réus enfrentam acusações de:
- Golpe de Estado
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Associação criminosa armada
- Dano contra o patrimônio da União
- Deterioração de patrimônio tombado
As defesas negam as acusações. Se condenados, as penas podem chegar a 39 anos de prisão.
No caso de Ramagem, a ação foi suspensa para crimes após sua diplomação, limitando as acusações a delitos com penas mais leves.
Com a manifestação da PGR, Mauro Cid tem 15 dias para apresentar suas alegações finais devido a um acordo de delação premiada que envolve outros réus. Após Cid, os demais acusados têm 30 dias para se manifestar.
A expectativa é que o julgamento ocorra em setembro de 2023 pela Primeira Turma do STF, composta por Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux.